O Brasil no período da ditadura militar teve grande censura do cinema, artes, jornalismo, literatura, teatro e qualquer outra manifestação cultural ou cientifica. Músicos como Renato Russo, Cazuza, Legião Urbana, Raul Seixas, Chico Buarque usavam letras para protestar a situação do país, letras que contestavam o regime, que muitas vezes tinham mensagem oculta para driblar a censura.
Apesar de Você
A mais evidentemente canção de Chico Buarque referente à ditadura é Apesar de Você. Lançada inicialmente em 1970, em um compacto, foi censurada logo depois. Entendida inicialmente como uma canção de amor, como se um dos amantes tivesse abandonado o outro ("Apesar de você / Amanhã a de ser outro dia"), na realidade, a letra falava da ideia de um novo amanhã, que superasse os dias escuros da ditadura ("A minha gente hoje anda / Falando de lado / E olhando pro chão, viu / Você que inventou esse estado / E inventou de inventar / Toda a escuridão").
A mais evidentemente canção de Chico Buarque referente à ditadura é Apesar de Você. Lançada inicialmente em 1970, em um compacto, foi censurada logo depois. Entendida inicialmente como uma canção de amor, como se um dos amantes tivesse abandonado o outro ("Apesar de você / Amanhã a de ser outro dia"), na realidade, a letra falava da ideia de um novo amanhã, que superasse os dias escuros da ditadura ("A minha gente hoje anda / Falando de lado / E olhando pro chão, viu / Você que inventou esse estado / E inventou de inventar / Toda a escuridão").
Pra Não Dizer que não Falei das Flores
composta em 1968, pelo paraibano Geraldo Vandré, fez com que os militares censurassem a canção por fazer clara referência contrária ao governo ditatorial. O refrão “Vem, vamos embora/ Que esperar não é saber/ Quem sabe faz a hora/ Não espera acontecer” foi considerado um verdadeiro chamado às ruas contra os ditadores.
Além do refrão, a estrofe “Há soldados armados/Amados ou não/Quase todos perdidos/ De armas na mão/ Nos quartéis lhes ensinam/ Uma antiga lição/ De morrer pela pátria/ E viver sem razão” é uma das mais explícitas das produções musicais no momento. Não faz rodeios. Vai direto à crítica aos militares.
Cálice
A música, composta em 1973, de Chico Buarque e Gilberto Gil só pode ser lançada cinco anos depois, devido à forte censura. Fazia um inteligentíssimo jogo de palavras entre “cálice” e “cale-se”. Além disso, faz claras referências ao regime da época em versos fortíssimos como “quero cheirar fumaça de óleo diesel”, onde faz alusão à prática de tortura onde o preso era submetido ao processo de inalar fumaça de óleo diesel.
Alegria, Alegria
Lançada em 1967, de Caetano Veloso letra indica os abusos sofridos cotidianamente pelo cidadão. Seja nas ruas, nos meios de comunicação ou em qualquer parte do próprio país. Ela crítica várias mazelas que atacavam o Brasil no período através de inteligentes metáforas. Era o abuso de poder, a violência praticada pelo regime, o cerceamento da liberdade de expressão e até mesmo desníveis sociais.
La Maison Dieu
Música do Legiao Urbana que fala sobre a incompetência e inutilidade dos comandantes do Golpe Militar, formado por seres que oprimem apenas para sustentar o ego. Temas como revolta, vingança e rancor também estão presentes, pois "não devemos perdoar".
No entanto, isso não é nenhum passado, mas sim uma realidade vivida até os dias de hoje, pois "o terror continua, só mudou de cheiro". Assim sendo, estamos em uma situação parecida, mas nem um pouco divulgada pela mídia, pois civil torturado pelo estado "não vende jornal".
Essas são algumas das músicas que marcaram o período opressor da ditadura militar, e que mesmo com a censura se pronunciaram do melhor jeito que puderam. Muitos dos músicos como Caetano Veloso, Chico Buarque e Gilberto Gil chegaram a ser exilados do pais, porem contribuíram com o fim da ditadura.
Eduarda Eiko n3
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